Dezembro é um mês festivo. A
caminhada ao fim do ano deixa a atmosfera impregnada de comemoração. O pessoal
da igreja, da família, da empresa, da escola faz confraternizações pra celebrar
mais um ano que se passou, pra relembrar dos momentos especiais, pra festejar o
Natal e dizer “seja bem-vindo!” ao Novo Ano.
Não imagino o mês de
dezembro sem o tal do “amigo secreto”. É regra, tem que ter. Todo fim de ano,
pelo menos de um “amigo secreto” você vai participar. Dezembro sem “amigo
secreto” não é dezembro.
A origem dessa brincadeira é
incerta. Alguns dizem que foi no século XVIII, na Escandinávia. Veio a ficar
popular, entretanto, durante a crise de 1929, período de recessão que fez o
dinheiro das famílias ficar bastante escasso. Com o “amigo secreto”, porém,
todo mundo poderia ganhar presente e economizar ao mesmo tempo. Enquanto os
anos passavam, o “amigo secreto” tornou-se tradição.
E todo mundo tem uma
história de “amigo secreto” pra contar. Todos nós já nos demos mal na
brincadeira, ganhando, muitas vezes, um presente aquém de nossas expectativas.
Vamos lá, animados e, quando abrimos o presente, vemos que é um hipopótamo
porta-recados. Damos um sorriso amarelo na hora, mas depois ficamos reclamando.
“Gastei a maior grana, dei um presente bom e olha o que me deram!”. Ou então,
enquanto estamos tentando descobrir que tirou nosso nome, ficamos torcendo pra
que não tenha sido a Mariazinha, famosa por dar presentes “fracos”. Queremos
que o Joaquim, que tem fama de comprar os melhores artigos, tenha nos tirado.
Quando é a primeira opção que acontece, ficamos tristes, desapontados,
irritados.
É que, como sempre,
invertemos os valores. Esquecemos que o melhor é dar, não receber. O propósito
da brincadeira é SER um amigo secreto, não TER um amigo secreto. Se penso dessa
forma, de que o amigo secreto SOU eu, não vou me incomodar com o presente que
ganhei, afinal, ser presenteado não era meu objetivo, mas sim presentear. Olha
só o que Jesus ensinou:
“Quero convencê-los a
relaxar, a não se preocuparem tanto em adquirir.
Em vez disso, prefiram dar, correspondendo,
assim, ao cuidado de Deus. Quem não conhece Deus e não sabe como ele trabalha é
que se prende a essas coisas, mas vocês conhecem Deus e sabem como ele
trabalha. Orientem sua vida de acordo com a realidade, a iniciativa e a
provisão de Deus. Não se preocupem com as perdas, e descobrirão que todas as
suas necessidades serão satisfeitas” (Mateus 6: 31-33, A Mensagem. Grifo do
autor).
E Paulo, citando o Senhor:
“vocês são mais felizes dando que recebendo” (Atos 20:35, A Mensagem).
Esperamos o que iremos
receber, pois acreditamos que isso é o melhor. A verdade ensinada pelo Mestre é
que somos mais felizes quando damos. Quando FORMOS o amigo secreto, não
ficaremos tristes porque compramos um presente caro e ganhamos um baratinho. Nossa
alegria será por termos feito alguém contente com nosso presente. Assim,
seguiremos o exemplo de Jesus e de seu Pai. Deus deu seu Filho por nós. Jesus
deu a sua própria vida para salvar o ser humano perdido, sem esperar
retribuição de nossa parte. Além disso, Deus nos dá vida todos os dias, nos
cercando de bênçãos que nós sequer temos como retribuir.
Então, transforme seus
“amigos secretos” em oportunidades de dar livremente, sem esperar um presente
bom em troca. E, quando for anunciar a pessoa para quem você comprou algo,
substitua “meu amigo secreto é” por “eu sou o amigo secreto de”. Isso ajuda a
lembrar que o principal é dar, não receber.
Netto Britto.
Pensei que só eu pensava assim, rs... Pode confessar pecados aqui? rs
ResponderExcluirhahaha Zhé, só se você quiser ser linchado pelos "espirituais". rs
ExcluirFalei com relação ao meu comentário mesmo... assumi que sou assim nos 'amigos secretos'.
ExcluirCompartilhei este texto em meu blog: http://compondoletras.blogspot.com.br/2013/12/meu-amigo-secreto-e.html
ResponderExcluirSomos três Zhé! rsrs
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