Já ouvi muitas críticas
ao Papai Noel. Entre tantas, algumas se referem ao fato de que ele é apenas
mais uma figura inventada com apelo comercial e que desvirtua o verdadeiro
significado do Natal. De fato, a ênfase em comprar ocupou o espaço do que
realmente significa o Natal, mas a culpa não é do “bom velhinho”. É verdade que
o Papai Noel como conhecemos (roupas vermelhas, barba branca, barrigão e
hohoho) foi popularizado pela propaganda da Coca-cola em 1931 e que, muitas
vezes, ele é mais lembrado do que Jesus Cristo nessa época do ano. Isso é culpa
da gente, da nossa cultura corrompida, que sempre inverte as coisas. Até o
Papai Noel foi levado pra caminhos estranhos do que ele seguia. No começo, “Noel”
era um servo imitador de Cristo. Um cristão.
O nome verdadeiro do
Papai Noel é Nicolau, um bispo que nasceu por volta do ano 250. Nicolau ficou
conhecido como São Nicolau Taumaturgo (taumaturgo é um título que significa “milagreiro”).
Ele era filho de nobres ricos, porém era humilde e simples. Ajudava a quem
precisava. Deixava sacos de dinheiro na porta de quem não tinha recursos. Doava
comida e roupas aos necessitados. Colocava brinquedos em sacos e atirava-os à
noite pelas chaminés para que as crianças encontrassem pela manhã. Era um
cristão que procurava imitar Cristo, abrindo mão da sua vida e recursos em
favor de outros. Por causa disso, entrou para a História. Foi na Alemanha que a
associação de Nicolau ao Natal começou. De lá, foi exportado para o resto do
mundo.
Nicolau era alguém que tinha
a pretensão de lembrar a Cristo. Nicolau colocou sua fé em ação, transformou-a
em boas obras. Tudo o que fez pelos necessitados, fez, na verdade, por Cristo. Ele
compreendeu que a forma de servir a Cristo era servir ao próximo (Mateus
25:31-41). Ele percebeu que já tinha recebido tudo, pois “um menino nos nasceu,
um filho se nos deu (Isaías 9:6)” e saiu presenteando os maltrapilhos que
encontrava, talvez como forma de agradecer a Deus pelo Maior Presente. Por
causa disso é que quero ser como o Papai Noel, mas quero ser como o Papai Noel verdadeiro.
Sim, pois existe o
Papai Noel falso, o “Papai Noel desviado”. O Papai Noel falso só dá presente
aos que merecem. O verdadeiro deu aos que necessitavam. O Papai Noel falso só
aparece uma vez por ano. O verdadeiro ajudava ao próximo todos os dias. O Papai
Noel falso está num lugar distante e frio. O verdadeiro estava perto de quem
precisava.
Não sei se você
reparou, mas o Papai Noel verdadeiro lembra muito o nosso Aba, Deus, que ajuda
a quem precisa, que está conosco todos os dias cuidando de nós, que está perto
de quem clama, que nos deu um Presente que não merecemos e nunca iremos
merecer: Cristo, que é nossa rocha, nossa salvação, nossa redenção!
Quero ser como o Papai
Noel e imitar a Cristo, ser um reflexo de Deus na Terra. Como o Papai Noel, ser
lembrado não por meus talentos, poder ou proeminência, mas simplesmente por ter
feito a diferença na vida das pessoas.
Junto com isso, desejo
que a história verdadeira do Papai Noel verdadeiro seja contada como meio de
lembrarmos quem Deus é e de como devemos ser por sermos Filhos dEle. Que ao
vermos uma figura do “bom velhinho” (e daí se ele não tinha cabelos e barbas
brancas e roupas vermelhas?) nos recordemos do servo que imitou a Cristo e que isso
nos inspire a sermos como ele foi. Que as crianças conheçam o Papai Noel que
realmente existiu, um cristão que foi cristão de fato, alguém que amava ao
próximo como Cristo amou.
E que toda a glória
seja dada a quem realmente importa, àquele que é o Presente, o Salvador: Cristo
Jesus, nosso Senhor!
Um Natal feliz a você!
Netto Britto
Para variar, estou mais uma vez, mais que surpreso... Sem palavras! Vou ter que compartilhar!
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